Neurologia

Doenças de Parkinson e outros distúrbios do movimento

A doença de parkinson é causada pela perda das células nervosas (neurônios) produtoras de dopamina.


A doença de Parkinson faz parte de um grupo de doenças neurológicas conhecido como distúrbios do movimento. As doenças do movimento são caracterizadas basicamente por problemas com a velocidade de execução e coordenação dos movimentos corporais. A doença de Parkinson encontra-se no grupo de doenças em que há menos movimentos ou movimentos mais lentos do que o normal. É causada pela perda das células nervosas (neurônios) produtoras de dopamina. A falta da dopamina causa os sintomas de lentidão nos movimentos, tremor, alteração da marcha (marcha em pequenos passos), rigidez muscular e alterações do equilíbrio. A idade mais comum do aparecimento dos sintomas é após os 65 anos, faixa etária em que ocorre em 1 a 3 casos por 1000 pessoas. O tratamento depende do tempo de doença e pode ser com medicamentos ou com procedimentos cirúrgicos de neuromodulação cerebral.

DOENÇA DE PARKINSON É SINÔNIMO DE TREMOR?

Doença de Parkinson não é sinônimo de tremor. Apenas um dos sintomas da doença consiste no tremor, logo, existem outros sintomas além do tremor nas pessoas com esta doença. A causa mais comum do tremor freqüente das mãos não é a Doença de Parkinson e sim outras doenças neurológicas e médicas gerais. Entre as principais causa do tremor podemos citar: medicações que podem induzir tremor, doenças da tireóide, doenças renais, doenças do fígado e até uma doença familiar muito comum chamada Tremor Essencial Familiar

O QUE É A DOENÇA DE PARKINSON E QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS?

Trata-se de uma doença que altera o planejamento e a velocidade dos movimentos, além de alterar a postura, o equilíbrio do corpo, as emoções, as funções intelectuais e até mesmo o sono. O que ocorre no cérebro é a deficiência na produção de uma substância chamada dopamina que controla todas estas funções já citadas. As pessoas com Doença de Parkinson irão apresentar dois principais grupos de sintomas: os sintomas motores (associados aos movimentos corporais) e os sintomas não motores (associados às emoções, ao intelecto, ao sono, etc…). Os principais sintomas motores são: lentidão dos movimentos, rigidez muscular, tremor, alterações no equilíbrio, dores no corpo em virtude da rigidez muscular, dificuldades para caminhar, caminham com passos curtos, não apresentam mais adequada expressão facial, tem dificuldades em se levantar da cadeira e até alterações na escrita (micrografia).
Existem curiosas histórias de pessoas com esta doença, citamos a história do jogador de futebol que inicialmente era atacante e que depois começou a jogar no meio de campo, zaga e finalmente foi parar como goleiro pelo fato de não mais apresentar a velocidade adequada. Os sintomas não motores da doença são tão importantes quanto os sintomas associados aos movimentos corporais. Os principais são: ansiedade, depressão, outros problemas psiquiátricos, perda do olfato (capacidade de sentir cheiro), obstipação intestinal, seborréia na face, distúrbios do sono, alucinações visuais, alterações comportamentais, alterações na pressão arterial, alterações na fala, dificuldades de memória e dificuldades em resolver e se adequar a novas situações do dia-dia.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DA DOENÇA DE PARKINSON?

Acontece o acúmulo de substância tóxicas nos neurônios que produzem a dopamina e por conseqüência há progressiva morte deste grupo específico de neurônios. A exata causa deste fenômeno ainda não foi totalmente elucidada pelos médicos cientistas. Existem causas genéticas que podem ser de transmissão familiar ou não e outras causas adquiridas com o tempo.

EXISTEM OUTRAS DOENÇAS COM SINTOMAS SEMELHANTES À DOENÇA DE PARKINSON?

A resposta é sim. A este grupo de doenças chamamos Parkinsonismo. O parkinsonismo pode ter várias causas. As principais causas de parkinsonismo são: medicações usadas para tratar doenças psiquiátricas e neurológicas, medicamentos usados para tratar problemas do equilíbrio e vertigem (popularmente chamada de Labirintite), Outras Doenças Neurodegenerativas, substâncias tóxicas, drogas ilícitas, infecções cerebrais, tumores cerebrais, derrames cerebrais, hemorragias cerebrais, entre outras causas. Portanto a correta diferenciação dever ser feita pelo médico entre Parkinsonismo e Doença de Parkinson. Pois ambas apresentam maneiras diferentes de tratamento.

QUAL É O TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON?

O tratamento desta doença pode ser dividido em duas principais formas, tratamento com medicamentos a cirurgia. O tratamento com remédios constitui a forma inicial de tratamento da doença. Existem inúmeros medicamentos usados para a Doença de Parkinson. A cirurgia para doença de Parkinson serve apenas para casos nos quais os sintomas não podem ser mais controlados com medicamentos. O objetivo da cirurgia não é curar a doença e nem substituir os medicamentos e sim ajudar no controle dos sintomas da doença. Atualmente a cirurgia mais utilizada consiste no implante de eletrodos cerebrais profundos que fazem um processo de neuromodulação em áreas específicas do cérebro.

QUAL A FAIXA ETÁRIA DAS PESSOAS COM A DOENÇA DE PARKINSON?

A idade mais comum do aparecimento dos sintomas é após os 65 anos, nesta faixa etária ocorre em 1 a 3 casos por 1000 pessoas. Entretanto existem formas precoces (pessoas com menos de 40 ou 50 anos) e até formas juvenis da doença (pessoas com menos de 21 anos). As formas precoce e juvenil são incomuns e podem estar associadas à herança familiar.

A DOENÇA DE PARKINSON TRAZ INCAPACIDADE PARA TODAS AS PESSOAS QUE APRESENTAM?

Para todas a resposta é não. Geralmente a incapacidade pode ocorrer após 10 ou 15 anos do início dos sintomas da doença. Até lá devem surgir novas formas de tratamento para tentar impedir esta incapacidade. As pessoas com a doença devem sempre procurar o neurologista para o adequado tratamento. O uso de medicações certas em doses e número certo de tomadas diárias pode oferecer excelente qualidade de vida.

OS REMÉDIOS CONTRA A DOENÇA DE PARKINSON PODEM PERDER O EFEITO COM O PASSAR DO TEMPO?

Sim, podem. Após 02 a 05 cinco anos do início do tratamento pode haver certa diminuição na duração e na potência dos medicamentos. Esta situação comum deve ser sempre discutida com o neurologista para que as providências sejam tomadas. Existem estratégias quanto ao emprego de novos medicamentos, alterações no número de tomadas e na dose dos remédios utilizados. Os efeitos colaterais dos medicamentos antiparkinsonianos são variáveis em freqüência e intensidade. Os mais comuns são: tontura, náuseas, vômitos, sonolência, desequilíbrio, dificuldades de concentração, alterações comportamentais, dor abdominal. Os mais sérios são alergias na pele, alterações nas células do sangue e hepatite medicamentosa.

O QUE EXISTE ALÉM DOS MEDICAMENTOS E CIRURGIA PARA TRATAR DAS PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON?

Toda pessoa com esta doença dever avaliada pelo médico quanto à possibilidade da realização de outras modalidades de tratamento. reabilitação podem trazer benefícios na melhora dos sintomas motores da doença e na realização dos corretos exercícios físicos. As alterações na fala, tom de voz, capacidade de engolir alimentos e a produção excessiva de saliva podem ser amenizados como emprego de sessões com Fonoaudióloga (o). As dificuldades para realizar tarefas habituais como utilização de objetos de uso pessoal pode ser amenizada com auxílio de um profissional da Terapia Ocupacional. O Psicólogo (a) pode auxiliar a pessoa pós o diagnóstico inicial, nas fases mais graves da doença e na compreensão do tratamento.

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